Conhecendo um Wine Bar - Rouge Bar à Vin


Vinha há algum tempo querendo conhecer um Wine Bar, conceito esse tão falado ultimamente, e que graças a Deus vem se expandindo como as cervejarias e pubs que por fim estão por todos os lugares da cidade e do país afora, sendo bastante frequentadas pelo público brasileiro. Hoje, nós ávidos apreciadores de vinhos felizmente já podemos celebrar também, deixando de  lado assim, um certa carência vinhateira  por locais apropriados para degustação de um bom vinho. Há duas semanas, fui conhecer o Rouge Bar à Vin, um Wine Bar muito interessante, inaugurado há pouco mais de 4 meses, localizado no Itaim Bibi, região sul da capital. Um espaço amplo, arejado e moderno, com aconchegantes ambientes internos e externos. Logo na entrada, o visitante já se depara com um espaço aberto, com mesas bem postas e aquele climinha de lugar agradável e intimista, - o qual tem tudo a ver com vinhos - delicioso, iluminado apenas com a luz das velas nas mesas. A área interna é bastante ampla. Um salão grande com muitas mesas espalhadas e um bar à direita seguindo a mesma extensão. Bojos de luzes redondinhos bem ao estilo europeu- e meu- iluminam e enfeitam o salão principal...Um terceito ambiente desponta, bem ao ar livre onde o cliente pode desfrutar da beleza natural de uma àrvore robusta bem rústica, cheia de raízes externas retorcidas, dando aquele visual típico de vinhas velhas. Por fim, conheci o bar enquanto esperava pelo meu acompanhante. Escolhemos ficarmos sentados no primeiro espaço aberto, com vista para a rua, aquele, com as velinhas postas à mesa de climinha bem intimista. Neste espaço, só havíamos eu, ele e mais duas mesas ocupadas. Era uma noite de quinta feira, porém uma quinta de paralização geral na cidade devido aos protestos gerais. Noite linda e bares vazios, mais que adorei, e vi muitas vantagens nisso.


Pedimos a carta e escolhemos os vinhos. Fomos atendidos por uma moça e logo depois pelo sommelier, o qual resumiu a carta. A casa trabalha com vinhos vendidos por taça e garrafa, sendo que a variedade de taças é bem limitada, entre alguns brancos e tintos (não me lembro ao certo de ter visto algum rosè). A casa trabalha com um grande percentual de vinhos franceses, - quase 80% - e alguns rótulos de outros países, entre eles italianos. Escolhemos o primeiro vinho, e já que a maioria dos rótulos são franceses pensamos: "porque não escolhermos por um francês então?" Meu acompanhante gosta de vinhos estruturados e potentes, sendo assim, pareceu nos interessante um vinho de corte Grenache e Syrah por R$ 89,00 a garrafa. A atendente serviu um pouco na taça para avaliarmos se o vinho estava bom para ser servido. Perfeito! Veio então a primeira garrafa do vinho Domaine François Lurton Les Hauits de Janeil Syrah/ Grenache 2011, do produtor François Lurton (Languedoc). Achei este primeiro vinho estruturado e potente, de aromas bastante intensos, lembrando frutas escuras, cerejas negras, especiariais, e um leve toque de baunilha. Na boca a graduação alcóolica parecia mais elevada do que na verdade ele possuia (13%). Não achei ele tão equilibrado com a acidez, porém tinha um final de boca persistente. Um bom vinho, e de uma bela apresentação visual.


Já o segundo fez bonito na relação custo benefício x qualidade. Escolhemos então um italiano, propriamente da Sicília e sua uva auctóctone: Nero D´Avola Lumà. Ai eu me apaixonei de vez! Fã como sou de vinhos italianos e de vinhos Nero D´Avola esse vinho não me decepcionou. O produtor é a Cantina Cellaro, da região de Sambuca di Sicilia IGT (Agrigento). Com a tipicidade que eu gosto tanto dos vinhos Nero D´ Avola, ameixas, cerejas, amoras e especiarias. Lindamente bom!!!!! Por R$ 48,00 tomamos um excelente vinho o qual ficamos apaixonados e surpreendidos. Acho que também me apaixonei neste dia! Ambiente delicioso, bons vinhos, excelente companhia. O lugar é perfeito, e inspira romance. Não é à toa que concorre em 4 categorias no prêmio "Comer & Beber" 2013/2014, da Veja São Paulo: "Bar de vinhos",  "Bar revelação", "Cozinha" e "Para ir a dois". Uma dica? Vá a dois.

 Até o próximo post!
 Vanda Meneguci.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Alejandro Vigil: o "El Enemigo" que o mundo quer ter sempre por perto.

Uma volta aos anos 90 ? Mappin e Liebfraumilch, o "garrafa azul"

Juan Guerreiro Fonseca, proprietário do Cava D´Oro Bar e Restaurante e sua coleção de garrafas de bebidas raras